quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Colección Visible - Histórias de Amor

Os grupos sociais chamados de minoria encontram, constantemente, um grande obstáculo ao serem estereotipados. A comunidade LGBT não é diferente, sendo, muitas vezes, relacionada apenas com festas e sexo. Em Colección Visible – Histórias de Amor, exposição em cartaz no MAC, em São Paulo, os homossexuais podem, enfim, se ver com mais autenticidade.

Em uma miscelânea de charges, ilustrações, fotos, pinturas e colagens, o tema da exposição - com 170 obras de artistas de 25 países diferentes - é unitário a todas as obras: a homocultura. Aliás, essa memória cultural é, declaradamente, o principal objetivo dos organizadores da mostra, originária da Espanha e que já ancorou em diversos países. Colección Visible – Histórias de Amor tem curadoria de Pablo Peinado e obras de artistas consagrados como Tom of Finland, David Hockney, Juan Hidalgo, Eduardo Arroyo, Guillermo Pérez-Villalta, Miguel Trillo, entre outros.

Mas é no trabalho de Silvia & Neus que o cotidiano aflora mais, ao ser retratado o amor natural entre duas mulheres, ou nas fotografias desconcertantes do carioca Pedro Stephan, único brasileiro na exposição. Stephan se especializou em investigar as mais diferentes tribos gays da Cidade Maravilhosa, da zona sul ao subúrbio. Enquanto isso a eroticidade é marcante nas obras de Czanara, pseudônimo para as obras homoeróticas do francês Raymond Carrance (1921–1998).

"Queremos deixar marcado, para o futuro, um momento único da história de nosso país, e do mundo em geral, no qual por fim as pessoas GLBT começaram a ver reconhecidos seus direitos, embora em muitos países do mundo dar um beijo numa pessoa do mesmo sexo possa custar a vida, a prisão ou a tortura", destaca Peinado. "A Colección Visible é um antídoto cultural contra a homofobia, a lesbofobia e a transfobia. É arte cúmplice de uma causa justa. A causa da liberdade e da democracia. A causa de todos os seres humanos de terem, no amor e em tudo o mais, os mesmos direitos", complementa o curador.

Local: MAC USP Ibirapuera - Pavilhão Ciccillo Matarazzo, 3º piso - Parque Ibirapuera (prédio da Bienal, entrada pela rampa lateral)
Horários: Terça a domingo, das 10h às 18h
Informações pelo tel.: (11) 5573-9932
Entrada franca
Em cartaz até 19 de outubro

3 comentários:

VIADAGEM E A TRANSGRESSÃO POÉTICA 17 de outubro de 2008 às 09:36  

Muito feia a bunda do menino fotografado, o que está por cima, não acha?
Bom, vamos?
se for, confime comigo...adoraria ver vocês...
Beijos,
Ricardo

Serginho Tavares 23 de outubro de 2008 às 20:22  

você foi?
adorei a bunda dos caras da foto

Marcos Freitas 23 de outubro de 2008 às 22:12  

Serginho,

Queria muito ter ido, mas não deu.