domingo, 18 de janeiro de 2009

A Maior Estátua de Cristo

A estátua de concreto do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, Brasil, tem 39,6m de altura e pesa mais de 700t, o monumento está inserido no "Guinness World Records", como a estátua de Cristo mais alta do Mundo. Sua construção foi concluída em 1931. Está localizada no topo do morro do Corcovado, a 709 metros acima do nível do mar. De seus 39,6m, oito estão no pedestal. Foi inaugurado às 19:15 do dia 12 de outubro de 1931, depois de cerca de cinco anos de obras. Um símbolo do cristianismo, a estátua se tornou um dos ícones mais reconhecidos internacionalmente de ambos Rio e Brasil. No dia 7 de Julho de 2007, em Lisboa, no Estádio da Luz, foi eleita uma das novas sete maravilhas do mundo.

A construção do Cristo Redentor ainda é considerada um dos grandes capítulos da engenharia civil brasileira. O dono do projeto levou a vida inteira construindo a estátua, erguida em concreto armado e revestida de pedra-sabão, originária do próprio pico do Corcovado. A pedra fundamental da estátua foi lançada em 4 de abril de 1922, mas as obras somente foram iniciadas em 1926. Dentre as pessoas que colaboraram para a realização, podem ser citados o engenheiro Heitor da Silva Costa (autor do projeto escolhido em 1923), o artista plástico Carlos Oswald (autor do desenho final do monumento) e o escultor francês de origem polonesa Paul Landowski (executor dos braços e do rosto da escultura).

Na cerimônia de inauguração, no dia 12 de outubro de 1931, estava previsto que a iluminação do monumento seria acionada a partir da cidade de Nápoles, de onde o cientista italiano Guglielmo Marconi emitiria um sinal elétrico que seria retransmitido para uma antena situada no bairro carioca de Jacarepaguá, via uma estação receptora localizada em Dorchester, Inglaterra. No entanto, o mau tempo impossibilitou a façanha, e a iluminação foi acionada diretamente do local. O sistema de iluminação original foi substituído duas vezes: em 1932 e no ano 2000.

Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN) em 1937, o monumento passou por obras de recuperação em 1980, quando da visita do papa João Paulo II, e novamente em 1990. Outro conjunto de obras importantes foi feito em 2003, quando foi inaugurado um sistema de escadas rolantes e elevadores para facilitar o acesso à plataforma de onde se eleva a estátua.

Antes mesmo de ser construído, o Cristo Redentor foi motivo de acaloradas discussões que dividem o país em católicos e protestantes. Apesar de atualmente protestantes de todo o mundo visitarem o Cristo, inicialmente os líderes da Igreja Batista eram contrários à construção do mesmo, chegando a propor que o dinheiro arrecadado fosse usado na construção de uma obra beneficente. Em 22 de março de 1923, seguidores da Igreja Batista declararam em nota publicada em O Jornal Batista, órgão oficial da Convenção Batista Brasileira, seu desgosto quanto à construção do Cristo Redentor. A nota afirmava que a construção "será a um tempo um atestado eloqüente de idolatria da igreja de Roma e uma afronta a Deus. No dia em que tal crime se consumar, bom seria que todos os verdadeiros cristãos no Brasil se reunissem em culto penitencial, para pedir a Deus que não imputasse a todo o Brasil esse grande pecado, cuja responsabilidade deve recair sobre a Igreja Católica e sobre os governantes que não souberam ou não quiseram fugir à armadilha, preparada por ela com a isca do patriotismo". Afirmaram também que "os que tiveram a infeliz idéia de erigir o monumento a Cristo Redentor, não tiveram a intenção de honrar a Cristo, mas sim a de engrandecer o catolicismo romano. Se tivesse querido honrar a Cristo, procurariam erigir-lhe um monumento não no Corcovado, mas em cada coração. No coração é que Cristo quer reinar. Eles, porém, pretendem honrar a Cristo, desonrando-o, fazendo aquilo que ele terminantemente proibiu — fazendo-lhe uma imagem", 75 anos mais tarde, o Cristo Redentor se tornou um santuário católico, a decisão causou desgosto nos protestantes admiradores da imagem do Cristo, uma contradição com os batistas que se opuseram à construção do monumento.

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