quarta-feira, 30 de junho de 2010

Um Dia Você vai Entender

Está em cartaz em São Paulo até o próximo dia 10, no Teatro Brigadeiro, a peça “Um dia você vai entender”, que conta de forma clara e simples a descoberta sexual do adolescente Nelson. O espetáculo, com montagem do Grupo Impacto, faz parte da programação do Mês do Orgulho de São Paulo e tem apoio da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOGLBT).

Nelson está se preparando para entrar na faculdade, tem uma namorada, Elba, e vive feliz com a mãe em casa, mas tem algo que o perturba: ele não sente muito desejo sexual por sua amada. Com um primo homossexual pra lá de fervido, Ney, Nelson começa a entrar em contato com o mundo gay quando vai a uma festa promovida pelo seu super assumido primo.

Esse fervo começa com uma fechação total da estrela principal da noite, a drag queen Renata Perón, que entra no palco abrindo e fechando energicamente seu leque, fechando mesmo com a cara de todo mundo. Em um dos momentos mais legais da peça, ela dá um show cantando ao vivo músicas que celebram a vida feliz, com amor e sem preconceitos.

Na mesma festa, Nelson conhece Valter e descobre que seus sentimentos estavam dormindo dentro de seu coração, mas bastou um toque do novo conhecido para que eles viessem à tona. Ele reluta no começo, mas acaba aceitando que gosta mesmo é de meninos e que muita coisa vem pela frente em sua nova vida.

“Um dia você vai entender” – até 10 de julho
Sábados – 17h
Teatro Brigadeiro: Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 884 - Bela Vista
Ingresso: R$ 30
Tel.: (11) 3107-5774

sábado, 26 de junho de 2010

Guarulhos Realiza a 5ª Parada do Orgulho Gay Domingo


Organização realizará no sábado (26) a 1ª Feira LGBT de Guarulhos, na Praça IV Centenário.
Por Cecília Figueiredo
Quarta-feira, 23 de junho de 2010

O tema "Eu voto por cidadania e pela criminalização da homofobia" marca a quinta edição da Parada do Orgulho Gay Guarulhos que acontece neste domingo (27) no município. A parada contará com a participação de seis trios elétricos, drag queens, gogo boys, gogo girls, travestis, entre outros. No sábado, dia 26, véspera do evento, a cidade realiza a 1ª. Feira LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis) na praça IV Centenário, a partir das 10 horas.

A concentração para a caminhada terá início às 13 horas na avenida Tancredo Neves, em frente ao PoupaTempo e, e a partir das 15 horas, os presentes seguirão por cerca de dois quilômetros até a praça IV Centenário. A partir das 18 horas, um palco instalado nas proximidades da praça servirá para apresentação de shows de drag queens, danças artísticas, gogo boys, gogo girls, entre outros artistas.

O coordenador da Assessoria Multidisciplinar de Assuntos da Diversidade Sexual (Amads) e um dos organizadores do evento, Genivaldo Espíndola, falou do objetivo da iniciativa. "A idéia é chamar a atenção da sociedade sobre as questões que envolvem o segmento LGBT e também mostrar o trabalho cultural e profissional desenvolvido por ele," explicou.

Promovida pela ONG guarulhense Movimento em Defesa da Livre Orientação Sexual (MEL) em parceria com a Prefeitura de Guarulhos, a organização estima reunir 40 mil pessoas.

1ª Feira LGBT

Muita música, dança, shows de transformistas, de gogo boys, de gogo girls, de drag queens, orientações jurídica e de saúde, futebol com times de drag queens, entretenimento e diversão. Estas são algumas das atrações da 1ª. Feira LGBT, que começa às 10 horas, neste sábado (26), véspera da 5ª. Parada do Orgulho Gay Guarulhos.

Voltada à comunidade LGBT, a feira cultural contará com sete tendas de alimentação e outras 13 expondo e vendendo produtos temáticos como artesanato, bijuterias, objetos de decoração, entre outros. Haverá ainda uma tenda da OAB-Guarulhos que fornecerá informações e orientações jurídicas para os participantes, uma da Comunidade Cristã Nova Esperança (CCNE), e uma da Secretaria Municipal de Saúde que fornecerá informações sobre doenças sexualmente transmissíveis (DST/AIDS).

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Festival MixBrasil

O 18º Festival MixBrasil de Cinema da Diversidade Sexual, que será realizado entre os dias 11 e 21 de novembro, em São Paulo, recebe inscrições até o dia 31 de agosto. Podem participar qualquer produção que aborde as múltiplas facetas da sexualidade humana, que serão selecionados por um comitê formado por pessoas ligadas às áreas de cinema, artes cênicas, jornalismo, publicidade e ligadas ao universo GLBT.

As inscrições devem ser feitas pelo site www.mixbrasil.org.br. A ficha de inscrição deve ser enviada, junto com uma cópia do filme inscrito para a Praça Américo Jacomino, 81. São Paulo, SP. CEP: 05437-010.

Os curta metragens de até 25 minutos poderão ser exibidos na Mostra Competitiva Brasil, que terá no máximo 12 produções. Os selecionados para as seções Panorama Internacional e Curta Mix Brasil concorrem ao troféu Coelho de Prata, conferido pelo público, nas seguintes categorias: melhor longa metragem de ficção; melhor documentário; melhor curta estrangeiro e melhor filme brasileiro.

Já os filmes selecionados para a Mostra Competitiva Brasil concorrem ao troféu Coelho de Ouro para Melhor Filme, Coelho de Prata para Melhor Direção, Melhor Fotografia, Melhor Montagem, Melhor Interpretação e Melhor Direção de Arte. Os prêmios serão conferidos por um júri composto por programadores de festivais de cinema. Além disso, concorrem ao Prêmio Aquisição Canal Brasil, conferido por profissionais brasileiros do setor audiovisual.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Assista “Patrik 1.5” e Ganhe VIP para a The Week Rio

Na próxima sexta-feira, 25 de junho, chega às telas cariocas o longa “Patrik 1.5”. A Festival Filmes, distribuidora responsável pelo título no Brasil, fechou uma parceria com o club The Week, no Rio de Janeiro, e todos que forem conferir a estreia na sexta, ou às sessões no sábado, entram na balada VIP apresentando o ticket do cinema.

O filme conta a história de Sven Skoogh (Torkel Petersson) e Göran Skoogh (Gustaf Skarsgård) que acabaram de se mudar para um subúrbio residencial. O fato de serem gays surpreende a todos do bairro muito conservador. Os dois se mudaram com a esperança de que muito em breve o Serviço Social Sueco permitisse a adoção de uma criança órfã de um ano e seis meses, já escolhida anteriomente por eles.

Passado um tempo, recebem a carta de confirmação de que Patrik (Thomas Ljungman) será o menino adotado por eles. A surpresa fica para a cena em que o seu filho adotado chega e não é nada do que eles esperavam. O Patrick que eles recebem é um menino de 15 anos, homofóbico e cheio de problemas com o passado.

Patrick 1.5 é uma adaptação de uma peça de Michael Druker e possui momentos encantadores, em que o relacionamento homossexual é tratado de uma forma muito simples. E deixa claro que, apesar da vida ser confusa, complicada e imperfeita, ainda é possível ser feliz.



Rio de Janeiro

Unibanco Artplex - 14h / 16h/ 18h / 20h10 / 22h

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Cinema Gay Espanhol de Hoje

De 24 a 27 de Junho de 2010

A cidade grande cria espaços de interação onde a diversidade se manifesta através de formas e conteúdos muito mais visíveis, o que cria uma nova perspectiva sobre as intersecções entre o indivíduo e a sociedade. Algumas dessas novas oportunidades e problemáticas aparecem retratadas neste ciclo que une o longa-metragem, o curta e o documentário, em uma tentativa de explicitar as formas de convivência surgidas de uma crescente admissão da diversidade como característica essencial das sociedades democráticas.

Dia 24 de Junho às 19h debate com André Fischer, organizador do Festival Mix Brasil de cinema e video da diversidade sexual, seguido do filme Chuecatown.


PROGRAMAÇÃO

Curtas Metragens - Dias 24 e 25, às 18h e 26 e 27, às 16h

• Eu só olho
Gorka Cornejo, 2008 - 19 minutos

Julia e Eduardo formam um casal aparentemente convencional. No entanto, por trás das aparências há verdades inimagináveis, como por trás do carinho mútuo está a solidão de duas pessoas que não se conhecem.

• Pulsões
José Manuel Carrasco, 2009 - 12 minutos

Carlos tem um problema. A um mês de seu casamento, contrata um gigolô para satisfazer suas pulsões homossexuais.

• O móvel das fotos
Giovanni Maccelli, 2008 - 2 minutos

O móvel de fotos da sala é a vitrine da minha família. Estamos todos, menos...

• Lala
Esteban Crespo, 2009 - 20 minutos

Jesús volta para casa para fazer uma surpresa a sua família, mas é ele quem é surpreendido. Sua reação e uma obsessão que é despertada nele desencadeiam uma série de acontecimentos com consequências imprevisíveis.

• ¡Vaya paquete!
Carlos Grau, 2007 - 9 minutos

Paco e Tatiana se encontram nos arredores de Toledo e transam ao ar livre. Uma vez acabado o ato, fumam um cigarro.

Dia 24, às 19h40

• Chuecatown
Juan Flahn, 2007 - Longa-metragem – 101 minutos

Leo e Rey são um casal gay que vive em Chueca. Um pouco atípicos, não têm gosto para a moda, gostam de futebol, não têm um centavo e estão passando por uma crise no relacionamento, mas, dentro do possível, vivem felizes. Ao mesmo tempo, no bairro estão acontecendo estranhos crimes contra anciãs. O assassino, Víctor, é o dono de uma imobiliária cuja máxima aspiração é transformar Chueca em um bairro modelo onde todos os habitantes sejam jovens, modernos e bonitos vivendo em casas de luxo reformadas. Para isso se dedica a assassinar todas aquelas anciãs que não querem vender seus apartamentos.

Dia 25, às 19h15

• Campillo sim, quero
Andrés Rubio, 2007 - Documentário – 52 minutos

Em junho de 2005, o Parlamento espanhol aprovou a lei do casamento gay, que outorga os mesmos direitos aos casais gays que aos casais heterossexuais, incluída a adoção. Prefeitos como o de Valladolid, uma das maiores cidades da Espanha, fizeram uma convocatória para boicotar a lei. Por outro lado, Francisco Maroto, prefeito de Campillo de Ranas, um pequeno povoado de cinquenta habitantes perdido nas montanhas de Guadalajara, levantou a mão e disse: “Eu caso”. Ray, um garoto americano, e seu namorado espanhol, Pepe, chegam a Campillo para se casar.

Dia 26, às 17h15

• Ander
Roberto Castón, 2009 - Longa-metragem – 124 minutos

Ander, um caseiro quarentão, leva uma vida rotineira, entre seu posto de operário em uma fábrica de bicicletas e os trabalhos agrários do sitio, onde vive com sua mãe e sua irmã. Um dia sofre um acidente e quebra uma perna, o que leva a família, apesar das desconfianças da mãe, a contratar um imigrante peruano, José, para realizar as tarefas do sitio. A chegada de José modifica a vida da casa e a vida de Ander, já que começa a ter sentimentos que não sabia que possuía, provocando nele um forte conflito interior. Sua relação com Peio, seu melhor amigo e Reme, a prostituta da região, também se vê modificada por este personagem, que os obriga a posicionar-se.

Dia 27, às 17h15

• 20 centímetros
Ramón Salazar, 2005 - Longa-metragem – 117 minutos

Marieta quer deixar de uma vez por todas de se chamar Adolfo. Chamar como seu pai e ter os mesmos vinte centímetros lhe dão calafrios. Marieta quer chamar-se Marieta e ser uma mulher respeitada por todas as leis. Sofre de narcolepsia, a doença do sono, e sempre dorme no momento menos oportuno. Mas em seus ataques de sono, que dão origem aos números musicais, Marieta canta maravilhosamente e fala idiomas. Hoje Marieta acordou jogada em um descampado a quarenta quilômetros de Madri.

Local: MIS - Museu da Imagem e do Som
Av. Europa, 158 - Jardim Europa, São Paulo

sábado, 19 de junho de 2010

Deputado quer homenagear Cazuza dando nome do cantor a uma escola pública

O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL-SP) quer homenagear Cazuza dando o nome do cantor a uma escola estadual no Jardim Guarujá, em São Paulo. O colégio passaria a ser chamado "Escola Estadual Agenor de Miranda Araújo - Cazuza".

Como justificativa, o deputado alega que Cazuza "foi um cantor e compositor brasileiro que ganhou fama como símbolo de sua geração enquanto vocalista e principal letrista da banda Barão Vermelho". Além de ser um dos maiores poetas e ícones da geração dos anos 80, Giannazi considera justa a homenagem visto que Cazuza é considerado "um dos maiores poetas do rock nacional".

A homenagem pretendida pelo deputado acontece às vésperas de completar vinte anos da morte do cantor e poeta. Cazuza faleceu, classificado bissexual para uns e homossexual para outros, no dia 7 de julho de 1990, vítima da Aids.

No final de sua justificava, o deputado afirma que a homenagem é justa, pois Cazuza "foi um poeta libertário que encarnou com poesia, comportamento e entusiasmo toda uma geração que se libertava de 21 anos de ditadura militar no Brasil". Segundo Giannazi, "milhares" de jovens que passarão pelo escola terão orgulho do nome do estabelecimento de ensino.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Assista “Patrik 1.5” e ganhe VIP para a The Week

Na próxima sexta-feira, 18 de junho, chega às telas brasileiras o longa “Patrik 1.5”. A Festival Filmes, distribuidora responsável pelo título no Brasil, fechou uma parceria com o club The Week, em São Paulo, e todos que forem conferir a estreia na sexta, ou às sessões no sábado, entram na balada VIP apresentando o ticket do cinema.

O filme conta a história de Sven Skoogh (Torkel Petersson) e Göran Skoogh (Gustaf Skarsgård) que acabaram de se mudar para um subúrbio residencial. O fato de serem gays surpreende a todos do bairro muito conservador. Os dois se mudaram com a esperança de que muito em breve o Serviço Social Sueco permitisse a adoção de uma criança órfã de um ano e seis meses, já escolhida anteriomente por eles.

Passado um tempo, recebem a carta de confirmação de que Patrik (Thomas Ljungman) será o menino adotado por eles. A surpresa fica para a cena em que o seu filho adotado chega e não é nada do que eles esperavam. O Patrick que eles recebem é um menino de 15 anos, homofóbico e cheio de problemas com o passado.

Patrick 1.5 é uma adaptação de uma peça de Michael Druker e possui momentos encantadores, em que o relacionamento homossexual é tratado de uma forma muito simples. E deixa claro que, apesar da vida ser confusa, complicada e imperfeita, ainda é possível ser feliz.



SÃO PAULO

Unibanco Artplex Frei Caneca - sala 6 - 14h / 16h/ 18h / 20h / 22h
CineSesc - 14h30 / 16h30 / 21h30

Morre aos 87 anos o escritor português José Saramago

Morreu nesta sexta-feira (18) em Lanzarote (Ilhas Canárias, na Espanha), o escritor português José Saramago, aos 87 anos. Em 1998, Saramago ganhou o único Prêmio Nobel da Literatura em língua portuguesa. O escritor nasceu em 1922, em Azinhaga, aldeia ao sul de Portugal, numa família de camponeses.

O autor encontrava-se doente, de acordo com o editor dele, Zeferino Coelho, em entrevista ao jornal português "Público". Suspeita-se que Saramago sofria de problemas respiratórios.

Autodidata, antes de se dedicar exclusivamente à literatura trabalhou como serralheiro, mecânico, desenhista industrial e gerente de produção numa editora.
Leia mais sobre o escritor

Começou a atividade literária em 1947, com o romance Terra do Pecado. Voltou a publicar livro de poemas em 1966. Atuou como crítico literário em revistas e trabalhou no Diário de Lisboa. Em 1975, tornou-se diretor-adjunto do jornal Diário de Notícias. Acuado pela ditadura de Salazar, a partir de 1976 passou a viver de seus escritos, inicialmente como tradutor, depois como autor.

Em 1980, alcança notoriedade com o livro Levantado do Chão, visto hoje como seu primeiro grande romance. Memorial do Convento confirmaria esse sucesso dois anos depois.

Em 1991, publica O Evangelho Segundo Jesus Cristo, livro censurado pelo governo português - o que leva Saramago a exilar-se em Lanzarote, onde viveu até hoje.

Entre seus outros livros estão os romances O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984), A Jangada de Pedra (1986), Todos os Nomes (1997), e O Homem Duplicado (2002); a peça teatral In Nomine Dei (1993) e os dois volumes de diários recolhidos nos Cadernos de Lanzarote (1994-7).

O livro Ensaio sobre a Cegueira (1995) foi transformado em filme pelo diretor brasileiro Fernando Meirelles em 2008.

Ajuda ao Haiti

Saramago relançou em janeiro deste ano nova edição do livro A Balsa de Pedra, que tem toda a sua renda revertida para as vítimas do terremoto no Haiti. O relançamento da obra foi resultado da campanha "Uma balsa de pedra a caminho do Haiti", que do integralmente os 15 euros que custará o livro (na União Europeia) ao fundo de emergência da Cruz Vermelha para ajudar o Haiti. Em nota, Saramago havia explicado que a iniciativa é da sua fundação e só foi possível graças à "pronta generosidade das entidades envolvidas na edição do livro".

Obras publicadas

Poesias

- Os poemas possíveis, 1966
- Provavelmente alegria, 1970
- O ano de 1993, 1975

Crônicas

- Deste mundo e do outro, 1971
- A bagagem do viajante, 1973
- As opiniões que o DL teve, 1974
- Os apontamentos, 1976

Viagens

- Viagem a Portugal, 1981

Teatro

- A noite, 1979
- Que farei com este livro?, 1980
- A segunda vida de Francisco de Assis, 1987
- In Nomine Dei, 1993
- Don Giovanni ou O dissoluto absolvido, 2005

Contos

- Objecto quase, 1978
- Poética dos cinco sentidos - O ouvido, 1979
- O conto da ilha desconhecida, 1997

Romance

- Terra do pecado, 1947
- Manual de pintura e caligrafia, 1977
- Levantado do chão, 1980
- Memorial do convento, 1982
- O ano da morte de Ricardo Reis, 1984
- A jangada de pedra, 1986
- História do cerco de Lisboa, 1989
- O Evangelho segundo Jesus Cristo, 1991
- Ensaio sobre a cegueira, 1995 (Prémio Nobel da literatura 1998)
- A bagagem do viajante, 1996
- Cadernos de Lanzarote, 1997
- Todos os nomes, 1997
- A caverna, 2001
- O homem duplicado, 2002
- Ensaio sobre a lucidez, 2004
- As intermitências da morte, 2005
- As pequenas memórias, 2006
- A Viagem do Elefante, 2008
- O Caderno, 2009
- Caim, 2009

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Stonewall Uprising: Momento Decisivo na História dos Direitos Gays

"O homossexual médio, se isso existe, é promíscuo. Ele não está interessado num relacionamento duradouro como o casamento heterossexual, nem tem capacidade para isso."

Assim declarou Mike Wallace no tom impositivo da voz de Deus em The Homosexuals, um programa sensacionalista e de mau gosto de 1966 da CBS Reports, cujo trecho aparece no valioso filme Stonewall Uprising, de Kate Davis e David Heilbrone. É engraçado como o senso comum de ontem pode se tornar o constrangimento de hoje.

Stonewall Uprising é a mais abrangente exploração documentária dos três dias de levante que começaram em 28 de junho de 1969, quando os frequentadores do Stonewall Inn, um surrado bar gay operado pela máfia em Greenwich Village, atacaram a polícia após uma batida de rotina. O filme metodicamente percorre as formas de opressão contra gays e lésbicas nos dias anteriores ao movimento pelos direitos gays.

"Antes de Stonewall, não havia essa de sair do armário ou se assumir", disse Eric Marcus, o autor de Making Gay History: The Half-Century Fight for Lesbian & Gay Equal Rights. "As pessoas falam sobre ser enrustido ou se assumir hoje; não tinha isso, era só enrustido."

Na época dos tumultos, a homossexualidade era ilegal em quase todos os Estados americanos, com exceção de Illinois. Antes de as leis mudarem, um narrador observa, os bares gays ofereciam o mesmo tipo de refúgio social para uma minoria oprimida que as igrejas negras no sul dos EUA antes do movimento pelos direitos civis.

A demonização cultural dos homens gays em filmes de utilidade pública os retratavam, na melhor das hipóteses, como psicologicamente perturbados ou, na pior delas, como predadores sexuais cruéis. As lésbicas eram quase invisíveis.

O mesmo programa da CBS Reports defendia a opinião médica, desde então invalidada, de que a homossexualidade era determinada nos primeiros três anos de vida. O filme mostra imagens antigas de terapia de aversão por eletrochoque sendo aplicada, acompanhadas pela sugestão de que essa poderia ser uma cura promissora para o que era amplamente considerada uma doença mental. O trecho histórico mais perturbador diz respeito ao tratamento de pacientes homossexuais num hospital psiquiátrico de Atascadero, Califórnia, onde alguns recebiam uma injeção com uma droga que simulava o afogamento, um processo que o narrador descreve como uma "tortura química".

É um triste indicativo da marginalização do homossexualismo no final dos anos 1960 que a cobertura da mídia do levante de Stonewall tenha ocorrido em grande parte após o fato. E mesmo então, a cobertura foi superficial e muitas vezes condescendente. Como pouca documentação fotográfica existe sobre o levante, o filme depende principalmente de testemunhas oculares, incluindo Seymour Pine, o hoje aposentado policial que liderou a batida inicial com cinco policiais e que descreve o ocorrido como "uma guerra de verdade".

Os detalhes da batida são reconstruídos por vários dos presentes, incluindo Howard Smith e Lucian Truscott IV, jornalistas do The Village Voice cujos escritórios ficavam nas redondezas. O filme se foca na primeira noite do levante.

Um manifestante se recorda: "De repente, a polícia estava enfrentando algo que nunca havia visto antes. Nunca se supôs que pessoas gays fossem uma ameaça a policiais. Eles deveriam ser homens fracos, de punhos moles, incapazes de fazer qualquer coisa. E lá estavam eles, erguendo coisas e lutando, atacando e batendo". Foi o primeiro movimento do que acabou sendo conhecido como orgulho gay.

"Esse foi o momento Rosa Parks, quando os gays se levantaram e disseram não", Truscott se lembra. "E depois que isso aconteceu, toda a estrutura do sistema de opressão aos gays começou a ruir".

The New York Times

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Espetáculo Teatral “Um dia você vai entender”

Em cartaz a partir de 12 de junho, no Teatro Brigadeiro, o espetáculo Um dia você vai entender fala do desejo e amor homossexual, aborda a reação aflita dos pais na fase de descoberta da orientação sexual de seus filhos, discute a homofobia no ambiente escolar e apresenta as diversas variações do comportamento sexual humano, mas, principalmente, salienta a importância do amor independente da orientação sexual do indivíduo.

Com direção de Filipe Lima e texto de Kiury, a peça é realizada pelo grupo Jovens Ativistas (JA!) da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT), em parceria com a Cia Teatral Impacto.

A temporada de “Um dia você vai entender” vai de 12 de junho a 10 de julho, sempre aos sábados, às 17h, no Teatro Brigadeiro (Avenida Brigadeiro Luís Antônio, n° 884, Bela Vista). Ingressos a R$30,00 e R$15,00 (meia-entrada).

Ficha Técnica

Direção: Filipe Lima
Dramaturgia: Kiury
Elenco: Bruno Akimoto; Daniel Ricca; Danilo Silva; Iara Coutinho; Mario Kawata; Natalia Bruscato; Renata Perón; Scoth Phelps e Vanessa Garcia
Figurino: Wellington Mendes
Maquiagem: Teph Bergmann
Cenografia: Caroline Slapelis
Operação de luz: Elton Ramos
Operação de som: Teph Bergmann
Produção geral: Pierre Freitas

Serviço

Espetáculo “Um dia você vai entender”
Teatro Brigadeiro (Avenida Brigadeiro Luís Antônio, n° 884, Bela Vista)
De 12 de junho a 10 de julho
Sábados, às 17h
Ingressos a R$30,00 e R$15,00 (meia-entrada)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Alexandre e Heféstion

Estréia em São Paulo, 10/06, o espetáculo Alexandre e Heféstion. Alexandre, o maior conquistador de todos os tempos nunca foi derrotado, a não ser pelas coxas de Heféstion. Alexandre e Heféstion são homens, dois homens que se amam profundamente, um amor tão puro que não mancha a valentia e a virilidade do grande rei e guerreiro Alexandre. Como réplica do amor vivido pelo herói Aquiles e seu companheiro Patroclo, Alexandre e Heféstion vivem uma relação pura, plena e poética.

Beijos, abraços e sexo são manifestações do desejo, mas estão longe de pode representar o amor vivido por esses dois grandes guerreiros. Eles cultivam um amor que vai além de qualquer desejo conhecido, semeiam a cumplicidade, a intimidade, o discernimento e a sensibilidade. Alexandre e Heféstion travaram longas batalhas, mas não permitiram que à distância e o desejo fossem o motor que movem suas histórias.

Alexandre pode, em alguns momentos, ser destemido, corajoso, impulsivo, violento, o maior de todos os conquistadores, mas é acima de tudo humano e para ser assim, manteve o amor próximo dos seus olhos e se deixou regular por ele, refugiando-se quando precisou de segurança. Todo amor passa por provações e dificuldades, para Alexandre e Heféstion, essa provação se apresenta na figura de Roxana, esposa de Alexandre, uma mulher destemida e corajosa, que enfrenta o poder do seu rei para separá-lo do seu grande amor. Alexandre e Heféstion é uma história de amor, representada na sua forma mais sublime.






Ficha Técnica:

Direção: Edu Rodrigues
Produção: Joice Hilário
Elenco: Tercio Genarri, Rômulo Genarri e Rosana Borges
Coordenação Artística: Silvana Lopes
Criação de Luz: Pedro Bixiga
Cenário: Ernesto Rodrigues
Figurinos: Eva Valente
Som e Luz: Joice Hilário
Realização: ER Produções e Grupo Tenda

Serviço:

De 10 de junho a 29 de julho de 2010
Todas as Quintas às 23:59
Local – Studio 184 - Pça. Franklin Roosevelt, 184 - República
Informações - (11) 3259-6940
Ingressos - 30 reais (15 meia entrada)
Lotação – 100 lugares
Duração - 60 minutos
Recomendação - 16 anos

Informações para Imprensa:

Edu Ribeiro: 9411-5305
Joice Hilário: 9209-7500
Cia Profana: 2931-6738