terça-feira, 29 de março de 2011

Amor Que (Não) Ousa Dizer Seu Nome

A montagem retrata passagens de dois episódios, separados por quase um século, mas inter-relacionados pela questão da homossexualidade e do preconceito. O primeiro trata do julgamento e condenação de Oscar Wilde (escritor e dramaturgo irlandês) por seu comportamento “inadequado” aos padrões sociais do final do século XIX.

O outro episódio se refere à história do Maníaco do Trianon (michê acusado pela morte de 13 homossexuais em São Paulo, nos anos 80 do século XX), cujo caso foi tratado com certa superficialidade pela polícia, imprensa e principalmente pelos familiares, amigos e colegas de trabalho das vítimas.

Em cena, dois atores (Marcelo Braga e Alexandre Cruz) pesquisam sobre homofobia, imersos nos processos das 13 acusações de assassinato contra o Maníaco do Trianon e no processo que levou Oscar Wilde a dois anos de cárcere (são várias cartas escritas por ele, bem como registros de seu julgamento e condenação). Um foi julgado por ser homossexual e o outro por assassinar homossexuais. É na interseção
destes dois fatos que a peça se desenrola.

A encenação propõe que as questões abordadas seja revistas e, quem sabe, compreendidas. “Mesmo que a montagem busque a possibilidade de traçar um panorama histórico acerca da questão, não há ilusões em
acreditar que um espetáculo daria conta de abarcar todo o tema”. Conclui Marcelo Braga.

Serviço:

Espetáculo: "Amor Que (Não) Ousa Dizer Seu Nome"
Estreia: Dia 2 de abril – sábado - às 21 horas
Estação Caneca - Espaço Cultural Trilhas da Arte
Rua Frei Caneca, nº 384 - Bela Vista/SP – Tel: (11) 2371-5744
Temporada: sábados (21 horas) e domingos (20 horas) - Até 28/05/11
Duração: 60 min – Gênero: Drama - Lotação: 60 lugares – Class. etária: 16 anos
Ingressos: R$ 20,00 (meia: R$ 10,00); Dias 2, 3, 9 e 10/4 ingressos c/
preço único: R$ 5,00
Bilheteria: 2ª a 6ª (13h às 18h), Sab e dom (13h até início das sessões) - http://www.estacaocaneca.com.br/

segunda-feira, 28 de março de 2011

Macho Man conta a saga de um ex-gay

Na última semana, o ator e diretor Jorge Fernando e Marisa Orth tiveram um encontro com os escritores Fernanda Young e Alexandre Machado (autores de “Os Normais”, “Os Aspones” e “Minha Nada Mole Vida”) e o diretor-geral José Alvarenga Jr. no Rio. O motivo era a divulgação da série “Macho Man”, que estreia dia 8 na Globo. A atração, que irá ao ar nas noites de sexta, mostrará as tentativas constantemente fracassadas de Nelson (Jorge Fernando) e Valéria (Marisa Orth) para se adaptarem ao mundo dos homens heterossexuais e das mulheres magras, respectivamente.

Em tempo: Nelson (Jorge Fernando) é um homossexual bem resolvido. Mas uma noite ele sai para dançar e é atingido na cabeça pelo salto de uma drag queen. Ele desmaia e, quando acorda, passa a se interessar por mulheres. “Esse papel foi um presente. Sinto que ele será uma ótima reciclagem para mim como diretor”, enfatizou. Já Marisa Orth, que afirma nunca ter feito dieta, revelou durante o encontro que tomou algumas providências ao aceitar o convite para dar vida à Valéria.

A atriz está fazendo acompanhamento com uma nutricionista e ginástica com um personal trainer. Segundo Fernanda Young, “Macho Man” é uma garantia de boas risadas e também será um convite ao público para refletir um pouco sobre as ansiedades humanas.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Elizabeth Taylor morre aos 79 anos

Uma das maiores estrelas de Hollywood faleceu nesta quarta-feira (23). Elizabeth Taylor, aos 79 anos, morreu vítima de insuficiência cardíaca congestiva. A informação foi confirmada pelo agente e filho da atriz, Michael Wilding. Segundo ele, a mãe faleceu ao lado dos quatro filhos. "Apesar de ela ter sofrido diversas complicações, sua condição estava estável e era esperado que ela voltasse para casa em breve. Infelizmente, isso não aconteceu", afirmou em um comunicado.

Wilding disse ainda que sua mãe foi uma mulher extraordinária que viveu a vida intensamente. "Apesar de sua perda ser devastadora, nós sempre seremos inspirados pela sua contribuição ao nosso mundo", disse. Segundo a rede ABC, a família pretende realizar um funeral particular até o final desta semana.

Liz Taylor estava internada no centro médico Cedars-Sinai, em Los Angeles, Estados Unidos, há cerca de dois meses, com problemas cardíacos. Desde 2004, a diva lutava contra uma doença que impedia seu coração de bombear sangue o suficiente para os demais órgãos do corpo. Há três anos, ela se submeteu a uma cirurgia para substituir uma válvula defeituosa no coração. E há mais de cinco anos usava cadeira de rodas.

Seus olhos azuis sempre chamaram a atenção. Protagonizou clássicos como "Um Lugar ao Sol", "Assim Caminha a Humanidade" e "A Última Vez Que Vi Paris". Liz Taylor foi responsável pelas interpretações femininas mais marcantes da época de ouro de Hollywood. A atriz foi a primeira estrela a receber um cachê de US$ 1 milhão. O valor foi pago à estrela para que ela fizesse a Rainha do Egito em “Cleópatra”. Valeu cada centavo de dólar! Até hoje o longa é citado por cineastas, lembrado pelo público e a personagem marcou sua carreira.

Elizabeth ganhou o Oscar duas vezes. O primeiro foi 1961 por "Disque Butterfield 8". Em 1967, a atriz mostrou porque era considerada a maior estrela do cinema americano com sua atuação em "Quem tem medo de Virginia Woolf?". Sucesso de público e de crítica, seu desempenho no papel de Martha lhe rendeu um segundo Oscar e colocou o longa na galeria de filmes inesquecíveis. Uma terceira estatueta chegou 26 anos depois. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas entregou um prêmio especial à diva, em 1993, por seu engajamento em causas humanitárias.

A atriz, que nasceu na Inglaterra, se mudou para os Estados Unidos aos seis anos de idade e começou sua carreira no cinema aos 10. Candidata a “nova Shirley Temple” (1942), foi contratada pela Universal Pictures para fazer o filme “There's One Born Every Minute”. Porém, o contrato da menina não foi renovado.

No ano seguinte, a MGM convidou Elizabeth para fazer o filme “A Força do Coração”, ao lado da cadela Lassie. Mas, o sucesso precoce chegou somente com “A Mocidade é Assim” (1944), onde interpetrou a jóquei Velvet Brown. O projeto foi sucesso de bilheteria e projetou sua carreira. A partir daí, a estrela comecou a trilhar um caminho de sucesso emplacando um filme atrás do outro.

Dez anos depois de seu primeiro sucesso cinematográfico, seus belos olhos azuis conquistaram de vez a plateia. Sua participação em "A Última vez que vi Paris" a tornou conhecida como um dos rostos mais bonitos da indústria hollywoodiana. Apesar de sua beleza estonteante, a atriz nunca se viu como musa e não sabia o que as pessoas encontravam de tão maravilhoso em sua aparência. "Nunca pensei em mim como uma pessoa bonita. Sempre encarei meus atributos físicos como um dom genético", dizia.

Um ano depois, Liz Taylor dividiu os sets de filmagem com mito James Dean e juntos consagraram “Assim Caminha a Humanidade”. Nos bastidores, ela iniciou uma grande amizade com Rock Hudson. Após a morte do astro, por conta do vírus da AIDS, a morena passou a se dedicar a campanhas em busca da cura da doença que matou um de seus melhores amigos.

Elizabeth Taylor também ficou conhecida pelos inúmeros casamentos. No total foram oito. O primeiro aconteceu em 1950. A relação com Conrad Hilton Jr. durou apenas nove meses. Logo depois, a estrela foi morar com Michael Wilding, com que ficou até 1957 e teve dois filhos: Michael e Christopher Howard. A inglesa saiu de casa para se casar com o produtor Michael Todd, que faleceu um ano após a união, por conta de um acidente de avião. A atriz ficou viúva aos 26 anos e com mais uma filha, Elizabeth Frances Todd.

A bela deixou o luto para trás meses depois ao se apaixonar por Eddie Fisher. A relação foi um verdadeiro escândalo na época porque o crooner era casado com uma amiga da atriz, a companheira de profissão Debbie Reynolds. O casal se aproximou da estrela por conta do falecimento de Tood. Debbie foi à imprensa acusar a atriz de ter roubado seu marido e fez a festa dos jornais sensacionalistas.

O romance, que durou cinco anos, chegou ao fim quando ela reencontrou o ator Richard Burton no longa “Adeus às Ilusões” em 1965. Os atores, que haviam contracenado juntos em “Cleópatra”, se apaixonaram, viveram juntos por dez anos e adotaram Maria Burton. O casal voltou a contracenar junto em "A Megera Domada". Após colocar um ponto final no casamento, a dupla teve um recaída um ano depois, mas logo tornaram a se separar.

Nem tudo foi glamour na carreira da estrela. A falta de convites para o cinema fez com que ela se entregasse ao álcool e caísse em depressão. Os papéis começaram a minguar ainda nos anos 1970, por conta de uma reformulação estética do cinema americano. Os novos diretores só a escalavam para personagens pequenos em longas sem prestígios e telefilmes. A atriz começou a década de 90 internada em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos. Foi lá que Elizabeth conheceu Larry Fortensky, seu sétimo marido. A diva de Hollywood e o operário da construção civil se casaram em 1991 e viveram juntos por cinco anos.

Sua amizade com o astro Michael Jackson foi outro fato que despertou a curiosidade de muita gente. Liz Taylor nunca escondeu seu carinho pelo cantor e foi a pessoa que mais defendeu o “Rei do Pop” das críticas que a mídia fazia sobre sua vida pessoal, principalmente das acusações de pedofilia. "Eu amei Michael com todo meu coração e não consigo imaginar a vida sem ele. Tínhamos tanto em comum e nos divertíamos tanto", disse na época em que o amigo morreu.

Como bem disse seu agente, Elizabeth viveu sua vida sem pensar nas conseqüências. Amou todos aqueles que quis amar e usou do bom humor para superar as adversidades. Sem dúvida, foi uma vida de glória. Em seu aniversário de 60 anos, comemorados na Disney, a estrela disse que após completar seis décadas de vida uma pessoa tinha direito de fazer o que bem entendesse. “Pode-se desistir e ficar uma velhinha. Ou se pode enfiar um jeans e ir em frente, pois se tem a experiência e a prática que não se tinha antes”, concluiu. Um boletim médico divulgado pelo hospital afirma que Liz Taylor “morreu em paz”. Alguém dúvida?

sexta-feira, 18 de março de 2011

Belas Artes fecha. Em meio a choro e mais protestos

Se tivesse um tapete vermelho na entrada, a última noite do Belas Artes poderia ser facilmente confundida com alguma pré-estreia ou a cerimônia de entrega de um prêmio importante. Mas foi a despedida do cinema que levou uma multidão para a esquina da Rua da Consolação com a Avenida Paulista. Em vários momentos, funcionários e grupos de defensores do cinema se manifestaram com cartazes e gritos de ordem. Nas últimas sessões, lotadas, com a exibição de clássicos do cinema, o público batia palmas antes de cada filme.

O fechamento do Belas Artes ainda não é tratado como definitivo pelo menos por seus defensores mais engajados. "Até 18 de abril teremos a resposta sobre o tombamento. E o que queremos é esse espaço como cinema. Nos interessa apenas o tombamento imaterial", afirma Anna Marcondes, presidente da Via Cultural, a primeira entidade a protocolar o pedido de tombamento no Conselho do Patrimônio Histórico de São Paulo (Conpresp). "Quero que vocês tratem essa última noite apenas como uma pausa para reforma", disse.

"Ainda apostamos no tombamento. Mas, por enquanto, é o fim. Se não der certo aqui, com certeza abriremos em outro lugar", disse André Sturm, sócio do cinema. Uma das opções é alugar um prédio no centro.

Com os últimos ingressos nas mãos, as palavras de conforto das autoridades que passaram por lá defendendo o cinema - o senador Eduardo Suplicy (PT), o secretário municipal da Cultura, Carlos Augusto Calil, o ex-vereador Nabil Bonduki - não aliviavam a desolação dos frequentadores. "Não sei o que é pior: o que vem pela frente ou o que não vem. Vamos ficar sem cinema", disse a aposentada Frida Blank Schich, de 72 anos. Ela frequenta o Belas Artes desde a década de 50 com o então namorado, hoje marido, Aaron Schich.

"Não dá nem para ficar falando senão a gente chora", desconversa Angélica Silva, que há 12 anos serve o café do cinema. Enquanto ela segurava as lágrimas, a artista gráfica Andressa Cardoso escrevia um poema para deixar na árvore de papéis montada na porta do cinema com bilhetes saudosos de frequentadores assíduos - e no Belas Artes todos são assíduos. "Para mim, esse é o Cinema Paradiso (em referência ao filme italiano de mesmo nome)."

Histórico. O "fecha não fecha" do Belas Artes começou em maio do ano passado, quando o cinema perdeu o patrocínio majoritário de um banco. O dono do imóvel, o empresário Flávio Maluf, queria um reajuste no valor do aluguel e nenhum outro patrocinador chegou aos R$ 150 mil pedidos. Muitas mobilizações, reuniões e prazos esticados do contrato depois, Maluf pediu o imóvel de volta.

Agora, o Conpresp é que, talvez, possa acabar obrigando o proprietário a manter o espaço com o mesmo uso - o imóvel não pode sofrer alterações enquanto a processo não for concluído. "É uma questão de utilidade pública. Se tanta gente na cidade quer preservar esse lugar, as autoridades têm de servir como porta-voz dessas pessoas", diz o escritor Afonso Lima, de 34 anos, um dos líderes dos protestos pelo cinema. O local seria alugado por uma loja, mas já não há previsão.

Hoje, deve começar a desmontagem dos equipamentos e móveis do Belas Artes. Um dos projetores deverá ser doado à Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo.

PONTOS-CHAVE

Inauguração

O Belas Artes foi inaugurado com esse nome em 1967, quando foi assumido pela Sociedade Amigos da Cinemateca. Antes, ocupava o mesmo espaço o Cine Trianon, aberto em 1952.

Incêndio

Em maio de 1982, um incêndio atingiu as principais salas do cinema. No ano seguinte, foi reinaugurado, agora com seis salas, a mesma configuração adotada até seu fechamento.

Patrocínio

Em 2010, o cinema perdeu o patrocínio do HSBC, cujo nome havia sido incorporado ao Belas Artes da fachada. Restaurantes da região fizeram uma campanha para ajudar a mantê-lo.

Musical da argentina Evita ganha versão brasileira


O musical "Evita", mundialmente conhecido espetáculo da Broadway, terá sua versão brasileira - o clássico de 76 com letras de Tim Rice ("O Rei Leão") e músicas de Andrew Lloyd ("Cats" e "O Fantasma da Ópera") contará com uma adaptação do diretor Jorge Takla para os palcos nacionais e os atores Paula Capovilla (Evita Perón), Daniel Boaventura (Juan Perón) e Fred Silveira (Che) já estão escalados para os papéis principais. A estreia está marcada para o dia 26 de março no Teatro Alfa, em Santo Amaro.

Além dos três protagonistas, 42 atores compõem o elenco juntamente com uma orquestra de 20 músicos. Riquíssimos figurinos e a trabalhada cenografia com projeções gigantescas, prometem remeter a Argentina da ilustre figura política a todos os espectadores da peça.

O público terá a chance de conhecer a história de Evita Perón, primeira dama do presidente Juan Domingo Perón em seu primeiro mandato (1946-1955) e, junto de seu marido, tornou-se uma das figuras mais importantes e populares do país portenho. Suas influências eram tantas que causaram o surgimento de um movimento político partindo de seus ideais, o peronismo.

Com apresentações teatrais no mundo inteiro, a argentina também foi tema de um filme do diretor Alan Parker. A película de 1996 também leva o nome da atriz e política que foi interpretada pela cantora Madonna com a companhia de Antonio Banderas como o ex-presidente Juan Perón.

Serviço:

Evita
Data: de 26/3 até 31/7
Horários: quintas 21h; sextas 21h30; sábados 17h; e 21h; domingos 16h;
Preço: R$ 80 a R$ 185
Local: Teatro Alfa
Endereço: Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722
Tel. (11) 5693-4000
Censura: 12 anos
Duração: 2h10

terça-feira, 15 de março de 2011

Cine Belas Artes fecha nesta quinta-feira, diz proprietário

A última proposta ao dono do prédio localizado na Rua da Consolação era de aluguel mensal de R$ 85 mil. Mas, com o apoio de patrocinadores, a oferta aumentou -- Sturm não quis comentar a cifra. Nada feito com o proprietário Flávio Maluf.

Em 30 de dezembro, Maluf rescindiu o contrato de locação, e disse que entregaria o imóvel a uma loja. Inicialmente marcado para 27 de janeiro, o fechamento do cinema - fundado em 1952 como Cine Trianon e reinaugurado em 1967 como Belas Artes - foi sucessivamente adiado. Na web, a notícia causou comoção: vários abaixo-assinados e mensagens de protestos circulam há meses na rede.

Há ainda em jogo um processo de tombamento pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico de São Paulo (Conpresp), aberto em 18 de janeiro. Se aprovado, o imóvel não pode passar por reforma sem autorização prévia do órgão municipal, o que dificultaria a locação para um loja.

Na quinta-feira, o Belas Artes deve se despedir com exibições de Joelho de Claire (de Eric Rohmer), No Tempo do Onça (de Edward Buzzell) e O Águia (de Clarence Brown), entre outros clássicos.

terça-feira, 8 de março de 2011

Mulher

Para entender uma mulher
é preciso mais que deitar-se com ela…
Há de se ter mais sonhos e cartas na mesa
que se possa prever nossa vã pretensão…

Para possuir uma mulher
é preciso mais do que fazê-la sentir-se em êxtase
numa cama, em uma seda, com toda viril possibilidade… Há de se conseguir
fazê-la sorrir antes do próximo encontro

Para conhecer uma mulher, mais que em seu orgasmo, tem de ser mais que
amante perfeito…
Há de se ter o jeito certo ao sair, e
fazer da saudade e das lembranças, todo sorriso…

- O potente, o amante, o homem viril, são homens bons… bons homens de
abraços e passos firmes…
bons homens pra se contar histórias… Há, porém, o homem certo, de todo
instante: O de depois!

Para conquistar uma mulher,
mais que ser este amante, há de se querer o amanhã,
e depois do amor um silêncio de cumplicidade…
e mostrar que o que se quis é menor do que o que não se deve perder.

É esperar amanhecer, e nem lembrar do relógio ou café… Há que ser mulher,
por um triz e, então, ser feliz!

Para amar uma mulher, mais que entendê-la,
mais que conhecê-la, mais que possuí-la,
é preciso honrar a obra de Deus, e merecer um sorriso escondido, e também
ser possuído e, ainda assim, também ser viril…

Para amar uma mulher, mais que tentar conquistá-la,
há de ser conquistado… todo tomado e, com um pouco de sorte, também ser
amado!”

Carlos Drumond de Andrade