domingo, 23 de novembro de 2008

Eu, Você e Eles

Depois de herdar um sebo do falecido pai, a jovem Leila se vê obrigada a continuar com o negócio de família e transforma seu dia-a-dia cheio de pessoas diferentes, como um homossexual e uma mendiga, em uma experiência única de humanização. Assim começa a história contada na peça “Sobre a Neve em Frente à Torre Eiffel”, baseada no texto de João Fábio Cabral e com direção de Tiago Trindade Morais.

Em cartaz em São Paulo no Espaço dos Satyros 2, o cenário não poderia ser melhor para contar as relações pessoais de Leila (Gabi Cywinski) com a mendiga Mazé (Juliana Balbino), o escritor Lucas (Gustavo Ferreira) e o homossexual Silvinho (Wagner D´Avilla). As certezas dela serão abaladas pelas atitudes de Jaime (Eduardo Chagas), um antigo amigo de seu pai.

No espetáculo, Leila conversa com cada personagem e pode perceber como o mundo muda conforme a visão de cada um: a de quem mora na rua e não vê muito futuro para si, de quem constrói histórias a partir da sua própria e de quem sofre preconceito por amar uma pessoa do mesmo sexo. As relações dessas pessoas com a dona do sebo e com a cidade são exploradas de uma forma que mostra como cada um toma para si as coisas, boas e ruins, que a cidade oferece.

Produzida pela Cia. Teatrófilos, “Sobre a Neve em Frente à Torre Eiffel” fala dos desejos mais íntimos do ser humano e como cada um potencializa suas atitudes para realizá-los. O texto nos permite analisar de forma poética e sensível a decadência e a desvalorização da vida na nossa sociedade, um espetáculo que mistura linguagens e possibilidades de interpretação.

“Sobre a Neve em Frente à Torre Eiffel”: quintas-feiras, 23h, até 18 de dezembro
Satyros 2: Praça Roosevelt, 134 – Consolação
Contato: (11) 3258-6345

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Cadillac Records

No novo filme Cadillac Records, que conta a história da Chess Records, selo de blues pioneiro de Chicago, Beyoncé Knowles faz uma entrada memorável.

No papel na cantora Etta James, Knowles é apresentada ao co-fundador do selo Leonard Chess (Adrien Brody) em um quarto de hotel, onde ela se esparrama na cama e diz rispidamente, "não fique olhando para mim como se eu não estivesse usando calcinhas." Então, ela xinga tudo e todos à sua volta antes de se esconder no banheiro, onde solta a voz que resultou na longa carreira de sucessos do R&B clássico de James.

É impressionante ver Knowles - uma das poucas estrelas do pop que ainda mantém a imagem íntegra de boa menina - andando com um ar convencido e falando palavrões em sua atuação. Mas sua mãe, Tina, que veta todos os roteiros enviados à filha, recomendou o filme, observando que a sofrida e emocionalmente abalada James poderia ser o papel de sua vida.

Em entrevista realizada no andar superior de um hotel no Lower East Side em Manhattan, Knowles disse que ao ler o roteiro: "falei, 'tenho que fazer esse filme,' mas fiquei apavorada. Será que eu estava mesmo preparada?".

Até então, o papel mais significativo de Knowles havia sido em Dreamgirls de 2006, pelo qual a cantora recebeu uma indicação ao Globo de Ouro. Mesmo assim, seu estudo da vida de James e seu trabalho no filme não apenas resultaram um uma nova variação dramática, como também alteraram a orientação de seu novo álbum, I Am... Sasha Fierce, que será lançado na terça-feira pela Music World/Columbia Records.

Certamente não havia garantias de que uma mulher que apareceu na capa da Sports Illustrated, no exemplar de trajes de banho, poderia ter uma atuação convincente como a heroína viciada, filha de uma prostituta, cujo som poderoso comunicou uma vida de sofrimentos e luta em músicas como At Last e Tell Mama, incorporando a atitude do blues em uma ampla gama de gêneros pop.

"Fiquei surpresa por Beyoncé ter deixado o glamour de lado com tanta facilidade e disposição, abraçando a feiúra do vício," disse Darnell Martin, roteirista e diretora do filme, que será lançado no dia 5 de dezembro. Embora o papel tenha sido escrito já com Knowles em mente, Martin disse que se impressionou ao ver a intensidade com a qual Beyoncé penetrou física e emocionalmente nas partes mais sombrias da vida de James. "Ela estava ávida por chegar à sua essência," Martin disse. "Ela realmente queria escavar fundo e ser real."

O clímax de Cadillac Records - em que uma Etta James desgrenhada é salva de uma overdose por Leonard Chess em sua casa vazia e sombria - é um contraste impressionante da Beyoncé que, no início, adentra bruscamente a porta do quarto de hotel, falando rápido e sorrindo largamente.

Knowles assinou sua participação no filme Cadillac Records durante a gravação de seu CD duplo, intitulado I Am. Para pesquisar o vício de James, ela se encontrou com as pacientes da clínica de desintoxicação Phoenix House, no Brooklyn. Beyoncé tinha apenas seis dias em Nova Jersey para gravar as cenas, então começou a ensaiar com Brody antes das filmagens.

"Não esperava que ela ficasse tão emocionalmente ligada ao papel," Brody disse. "Ela estava muito focada. Acho que isso significava muito para ela."

Knowles disse que Martin e outros atores a deixaram segura o suficiente para mergulhar nos demônios de James, permitindo que ela elevasse seu trabalho além de suas próprias expectativas. "Pela primeira vez em um filme fui capaz de ter a mesma experiência fora do corpo que sinto nos palcos," ela disse. Ela engordou - quase 7 kg - para se adequar ao peso de James e adotou uma postura mais rude em seus movimentos; ela canta duas músicas relacionadas a James com confiança e autoridade.

Cadillac Records toma liberdade com a cronologia e detalhes da era Chess - essencialmente apagando Phil Chess, irmão e sócio de Leonard, do enredo - mas atuações sólidas (com o estóico Muddy Waters de Jeffrey Wright no centro) apreendem as inovações do selo e seu legado. Knowles disse que sentiu uma obrigação extra de se projetar como artista musical ao conhecer a história da Chess Records - que amplificou e acrescentou uma sofisticação urbana ao estilo Delta blues, com gravações de grandes nomes como Waters e Howlin' Wolf, e ajudou a proclamar a era do rock 'n' roll com artistas como Chuck Berry e Bo Diddley.

"Percebi como era uma história importante, especialmente para a minha geração," ela disse. "Não sabemos de onde o rock 'n' roll veio, não sabemos que os Beatles e os Rolling Stones se inspiraram em pessoas como Muddy Waters e Little Walter."

Knowles não chegou a falar com James - que, aos 70, ainda faz turnês - até a conclusão do filme. "Ela é a mesma, honesta e prática," Knowles disse. "E sei que em algumas entrevistas ela comentou, 'não sei se ela consegue me representar.' Mas quando a conheci, ela disse, 'você é uma menina má,' e sei que esse é um grande elogio vindo dela.

As coisas acontecem em um ritmo sempre acelerado para Knowles; horas após a entrevista, ela já estava em um avião rumo a Londres para o MTV Europe Music Awards. No ano que vem, com o término da campanha de promoção do álbum, ela sai em turnê com 110 shows planejados, incluindo uma semana em Las Vegas; lançará também uma versão em espanhol de seu novo disco e o filme Obsessed, em que pela primeira vez atua num papel não cantante. Ela também irá continuar trabalhando em sua marca de roupas, House of Dereon, e em campanhas de peso para empresas como L'Oreal e Pepsi.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

II Dramática - Ciclo de Leituras Teatrais sobre Homoerotismo e Sexualidade

Segunda edição do Dramática encenará textos inéditos sobre diversidade sexual


Na próxima segunda, 17, começará em São Paulo o "II Dramática - Ciclo de Leituras Teatrais sobre Homoerotismo e Sexualidade", evento paralelo ao Festival Mix Brasil de Cinema da Diversidade Sexual que vai mostrar ao público a adaptação dos textos escolhidos este ano.

Do total de 18 textos inscritos, quatro trabalhos inéditos foram selecionados e escolhidos pela Cooperativa Paulista de Teatro. Eles serão encenados com a direção de Ferdinando Martins e a curadoria de Eduardo Cardoso e Theodora Ribeiro.

O "II Dramática" é uma realização da Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual da Prefeitura de São Paulo, da Cooperatica Paulista de Teatro e da Associação Cultural.

O evento deste ano promete ser tão bom quanto a primeira edição do "Dramática" realizado em 2006, no qual foram apresentadas peças que conseguiram se manter no meio cênico. As peças selecionadas na primeira edição foram: "Santidade de Zé Vicente" que foi montada pela oficina Teatro Oficina em 2007, "Abre as asas sobre nós" ganhou prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte, "Cine Bijou" que teve adaptação para os cinemas e "Sob a neve em frente a Torre Eifell" que entrou recentemente em cartaz.

Para não perder nenhum espetáculo, veja a programação:

II Dramática
Dia 17/11 às 19h30 - Saudade, de Léo Lama
Dia 18/11 às 19h30 - Be My Baby, de Ricardo Aguieiras e às 20h30 - Os Dois e Aquele Muro, de Ed Mascarenhas
Dia 19/11 às 19h30 - On Sale, de Zen Salles e às 20h30 - Avental Todo Sujo de Ovo, de Marcos Barbosa (menção honrosa)

Oficina Cultural Oswald de Andrade
Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro - SALA 7
Entrada Franca

Como o Mundo Virou Gay?

Recém lançado pela editora Ediouro, o livro “Como o Mundo Virou Gay? – Crônicas Sobre a Nova Ordem Sexual”, é um livro para homo, bi, hetero, trans e simpatizante, enfim, é uma leitura para todas as cores do arco-íris. Nesse livro o leitor é convidado a conhecer mais sobre o universo gay, sobre a história de militância dos homossexuais, e a evolução da maior parada gay do Mundo, a Parada de São Paulo.

O livro é uma compilação de textos inéditos e outros publicados na Revista da Folha e no caderno Ilustrada, ambos da Folha de S.Paulo, entre 1996 e 2006, e de posts reeditados do seu blog no portal Mix Brasil, de 2002 a 2008. “Este livro traz uma luz para heteros que ainda não sabem o que fazer nesse mundo cada dia mais gay e para aqueles que precisam apenas de um empurrão para se encontrar. E também para quem já é gay e quer saber um pouco mais sobre sua história”, afirma o autor.

Não podemos negar que houve uma evolução positiva para a comunidade gay do Brasil, e essa evolução é constantemente mostrada no livro, momentos históricos, como a primeira condenação usando a lei 10.948, que prevê sanções e atos discriminatórios contra homossexuais no estado de São Paulo, a morte de Edson Néris, o adestrador de cães, que foi barbaramente assassinado por skinreads na Praça da República, e posteriormente a condenação dos assassinos, o livro é uma memória de fatos relevantes para a comunidade LGBT.

Sabemos que o Mundo está longe está longe de tornar-se gay, em alguns países, que não é o caso do Brasil, podemos dizer que o Mundo é simpatizante. Um Mundo onde homossexuais são solteiros por força da lei, onde skinreds espancam homossexuais pelo simples fato de se ofenderem com a sexualidade alheia, e onde projetos de política inclusiva para o cidadão homossexual é tratado com descaso por grupos conservadores, não se pode considerar gay, mas, não podemos negar que estamos caminhando para um estado mais simpático com as causas LGBTs.

Concurso Cultural – Como o Mundo Virou Gay?

Quer ganhar de presente o livro “Como o Mundo Virou Gay?” do André Fischer? O Blog Passageiro do Mundo em parceria com a Editora Ediouro lhe da esse presente, basta responder a pergunta abaixo nos comentários do post “Como o Mundo Virou Gay?”, a melhor resposta receberá um exemplar do livro em qualquer lugar do Brasil.

Para você, como o mundo virou gay?

As respostas serão aceitas até a meia noite do dia 18 de novembro, a melhor resposta será divulgada no dia 20 de novembro, abaixo da resposta é necessário deixar um endereço de email para contato.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A Arte do Insulto

O ator e humorista Rafinha Bastos, um dos maiores nomes da stand-up comedy nacional, apresenta o seu espetáculo A Arte do Insulto em diversas cidades do Brasil.


Rafinha está entre os 30 comediantes mais assistidos no mundo, no site do YouTube. Seus vídeos já têm mais de dois milhões de visualizações e viraram febre na internet. Em 'A Arte do Insulto', que tem classificação de 12 anos, Rafinha Bastos destila humor e muita polêmica, durante 50 minutos.

O ator, que é judeu e gaúcho, não poupa as próprias raízes e, ainda, dá suas impressões sobre assuntos delicados como religião, pena de morte e eutanásia. O espetáculo está em cartaz em São Paulo desde março de 2007.

O estilo stand-up comedy é um espetáculo de humor que privilegia o humorista de "cara limpa". Ou seja, apenas um microfone e o pedestal, sem fantasias, maquiagens e personagens. Os textos são críticos, com humor baseado nas reflexões do cotidiano, experiências pessoais e neuroses urbanas. O trabalho do ator e a agenda do show podem ser conferidos no site http://www.rafinhabastos.com.br/.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Soldados Não Choram




quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Elton Jonh no Brasil

Agora está confirmado! Elton John vem ao Brasil em janeiro de 2009 para dois shows. O músico britânico traz ao país a turnê "Rocket Man" e se apresenta no dia 17 em São Paulo, no Anhembi, e no dia 19 no Rio de Janeiro, na Praça da Apoteose. O também britânico James Blunt será o responsável por abrir os shows.

A turnê, que comemora os 40 anos da carreira de Elton John, terá grandes hits como: "Crocodile Rock", "Your Song", "Tiny Dancer", "Daniel" e "Goodbye Yellow Brick Road".

Os ingressos para os shows de Elton John em São Paulo e no Rio de Janeiro vão custar R$ 125 (pista) e R$ 550 (pista premium). Serão disponibilizados 30 mil ingressos na capital paulista e 35 mil no Rio.

Em São Paulo, as vendas começam neste sábado (8), a partir das 22h, no site da Ingresso.com. No domingo, os ingressos também começam a ser vendidos na bilheteria no Pacaembu.

No Rio de Janeiro, os ingressos começam a ser vendidos a partir das 22h do domingo (9) pela internet e a partir de segunda-feira na bilheteria do Maracanãzinho. Nos dois estádios a compra será feita apenas em dinheiro e serão limitados quatro ingressos por pessoa.

Serviço

São Paulo
Dia: 17 de janeiro de 2009
Anhembi - Av. Olavo Fontoura, 1.209 , Parque Anhembi
Ingressos: R$ 125 (pista) e R$ 550 (pista premium)
Informações: www.ingresso.com

Rio de Janeiro
Dia: 19 de janeiro de 2009
Praça da Apoteose. R. Marques de Sapucaí , s/nº - Centro
Ingressos: R$ 125 (pista) e R$ 550 (pista premium)
Informações: http://www.ingresso.com

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Subterfúgio

Sucesso de público “Subterfúgio” discute a fuga do amor e suas temáticas, em quatro cenas que se intercalam, retratando as fases de um envolvimento amoroso vivenciados pelo ponto de vista de quatro casais.

Como criar um espetáculo que fale de amor de forma poética, mas que lance luz às contradições da vida moderna?

Foi este questionamento que fez a Companhia Novos Diretores mergulhar nesta pesquisa tão profícua e prazerosa. O teatro contemporâneo a todo o momento busca novos meios de produção, para que forma e conteúdo consigam ser coerentes e dar conta de tratar do mundo em ruínas em que vivemos.

O texto “Subterfúgio” de Wagner D’avilla, trata do arruinamento das relações amorosas na sociedade contemporânea, de perdas, sobrevivência, fugas e a eterna tentativa de fazer renascer as relações afetivas. Acontecimentos estes que se desenrolam numa noite chuvosa.

NÚCLEO CULTURAL ALQUIMIA
Rua Luzitana, no 833 – Centro – Campinas/SP.
Informações: (19) 3233.0387 / 3388.8700
08 de Novembro – Sábado – 20h
09 de Novembro – Domingo – 19h

domingo, 2 de novembro de 2008

A Filha do Escritor

Muitos livros estão sendo lançados em comemoração ao centenário da morte de Machado de Assis, mas, quero chamar a atenção para o livro “A Filha do Escritor” de Gustavo Bernardo, um livro selecionado pelo programa Petrobrás Cultural e publicado com o apoio do Ministério da Cultura.

“Quando ela saiu do meu consultório, com o mesmo sorriso triste no rosto, as mãos encostadas ao corpo mas a esquerda parecendo levar a criança imaginária com ela, observei novamente seus gestos lentos, calmo e agradáveis, seu corpo jovem, firme e discreto. Quando a porto se fechou atrás dela, comecei a tremer. Novamente segurei o choro. Se tomei aquele uísque? Você conhece a garrafa da gaveta, claro. Uma dose. Bem, duas; para parar de tremer.”

O livro conta a história de Lívia e do Dr. Joaquim. Lívia chegou sozinha ao hospital no qual o Dr. Joaquim é diretor, ela marcou um encontro com o seu pai no estabelecimento, a paciente acredita que as instalações são de uma hospedaria, e não de um sanatório, o seu médico, o Dr. Joaquim, se sente perturbado com a lucidez aparente de sua paciente, e o fato acaba deixando ele perturbado. O médico se vê na obrigação de conhecer melhor a história e os romances do escritor Machado de Assis, escritor que Lívia diz ser o seu pai, e constata grandes coincidências com a vida narrada por Lívia.

A Filha do Escritor” é uma leitura deliciosa na qual o narrador no papel do Dr. Joaquim dialoga com o leitor o tempo todo, uma característica marcante dos romances do Machado de Assis. Digo sem sombras de duvidas, que esse livro está entre as melhores leituras que fiz, é intrigante e envolvente, o diálogo que o Dr. Joaquim estabelece com o leitor, nos torna uma personagem da trama, o que nos impulsiona a ler o livro em um só fôlego.

O livro é récem-lançado pela Editora Agir, no site da Editora, está disponíveis maiores informações sobre o livro, bem como informações gerais sobre o autor e a possibilidade de fazer download de um trecho do livro. É um livro maravilhoso, uma leitura obrigatória para todos os admiradores do escritor Machado de Assis, é uma grande homenagem de Gustavo Bernardo ao nosso eterno escritor.

Para acessar o site do livro, clique aqui.

Concurso Cultural – A Filha do Escritor

Quer ganhar de presente esse maravilhoso livro do Gustavo Bernando? O Blog Passageiro do Mundo em parceria com a Editora Agir lhe da esse presente, basta responder a pergunta abaixo nos comentários do post “A Filha do Escritor”, a melhor resposta receberá um exemplar do livro em qualquer lugar do Brasil.

Para você, quais são os límites entre o real e o imaginário?

As respostas serão aceitas até a meia noite do dia 07 de novembro, a melhor resposta será divulgada no dia 10 de novembro, abaixo da resposta é necessário deixar um endereço de email para contato.

sábado, 1 de novembro de 2008

Castelos de Areia

Júlio Carrara é um dos principais nomes da dramaturgia homoerótica atual. Em seu novo espetáculo, Castelos de Areia, o autor mostra-se hábil também para lidar com questões contemporâneas. No caso, o transtorno bipolar, diagnóstico psiquiátrico que em nossa sociedade chega a registrar índices epidêmicos, é o tema do texto.

Castelos de Areia é o 40º espetáculo teatral da CAD – Cia. das Artes Dramáticas da Cooperativa Paulista de Teatro, que completou, em março passado, 13 anos de atividades ininterruptas. A montagem coloca em foco a questão da bipolaridade e a problemática de uma relação amorosa mal resolvida.

"É a história de um amor avassalador, um amor que faz muito bem e ao mesmo tempo, muito mal. E o que é pior: um amor que deixa marcas profundas, que corrói o peito como ácido, que abre feridas que jamais se cicatrizam", diz Júlio. "Quem nunca amou profundamente uma outra pessoa a ponto de esquecer do amor-próprio e conseqüentemente caiu numa depressão profunda, trancando-se em seu quarto e permanecendo ali, com os olhos abertos na escuridão?", pergunta.

Segundo o autor, a bipolaridade é uma patologia que, estima-se, acomete cerca de 1,8 a 15 milhões de brasileiros nas suas diferentes formas de apresentação. "Muitas pessoas vivenciam momentos de euforia e depressão; ora estão transbordando de felicidade, rindo à toa, querendo escrever um livro num único dia e quinze minutos depois, estão com o rosto coberto de lágrimas e pensando no suicídio, como as personagens desta peça.", explica Julio.

Na história, naa noite em que uma jovem (Luiza Albuquerque) comemora seus 23 anos, recebe a visita indesejada do ex-namorado (Fernando Lima), que, inconformado pelo fato dela tê-lo deixado, em um misto de euforia e depressão, exige uma satisfação. Para seu desespero ela o trata com indiferença. Para quem se lembrou do caso Eloá, é bom esclarecer que Castelos de Areia foi escrita bem antes do seqüestro de Santo André.


Local: Casa Café e Teatro. Rua Treze de Maio, 176 � Bela Vista
Horários: Sábados, às 22h30
Informações pelo tel.: (11) 3159.0546
Ingressos: R$ 20